terça-feira, 18 de setembro de 2012

UM PÓS PARTO SEM FIM JUNTO A SOMBRA DE LAURA GUTMAN.


Ontem Ian completou um mês de vida.
Um pouco menos que isso postei meu último texto. O texto do PARTO ! Post lido por mais de 1500 pessoas a última vez que conferi o gráfico de acesso do Blog.
E por que será que demorei tanto para voltar heim ?
Quem adivinhar ganha um pirulito !
Um mês...
O que é um mês diante uma vida toda ?
A impressão que tenho quando olho para ele - geralmente durante as mamadas já que é essa a nossa atividade comum executada praticamente todo o tempo de nossas vidas durante este 1 mês - é que nos conhecemos e convivemos há um tempão.
Um mês dentro de casa com saídas esporádicas para idas ao pediatra, ginecologista/obstetra, acupuntura para cuidar das sequelas nas vértebras resultantes do barrigão e passadas rápidas no supermercado para compras relâmpago entre mamadas, parece uma eternidade.
Tem dias que me pego um tanto angustiada e detecto que  essa angústia é "filha" da minha ansiedade que acredita por alguns ridículos minutos que a vida está acontecendo lá fora enquanto a minha está estagnada aqui dentro de casa.
Absurdo meu pensamento, afinal aqui dentro de casa tem uma nova vida e eu sou a grande responsável em dar continuidade a ela, afinal é do meu peito que sai leite para eu alimentar meu "Ian Rebento".
E a quantidade de coisas que tenho vontade de escrever sobre todos meu devaneios de puérpera é tamanha que de novo me pego angustiada inúmeras vezes por não conseguir sentar frente ao computador como seria necessário para poder expurgar até a última gota todos meus anseios, culpas, medos, dúvidas...
E como passamos a ter dúvidas meu DEUS !!!!!
Mas todos esses são assuntos que desenvolverei depois. E sem data para postar.
Agora é tempo de "expurgar" até a última gota do meu leite, e tenho que parar de me responsabilizar por não estar conseguindo fazer muita coisa além de "aleitar" meu bezerro.
Uma coisa de cada vez.
Agora a vez é do pós parto.
"Mas Veri... Que parte do pós parto ? Pós parto é algo que parece ser eterno... Não é esse o título do post ?"
Vamos de acordo com minha capacidade de organizar raciocínio, coisa que tem sido tão difícil nesta fase quanto fazer coco, segurar xixi e dormir  entre outras várias dificuldades!
Que GESTAÇÃO e PARTO são assuntos que mobilizam grupos independente de suas classes, raças, crenças ou religião em função da multiplicidade de fatores que envolve o assunto; é algo que estamos mais do que cansados de saber!
A singularidade de cada gravidez e de cada parto é algo que intriga a humanidade até hoje.
Nunca é igual...
Podemos achar pontos comuns e descobrir coincidências entre as várias histórias que ouvimos e as vividas por nós mesmas, mas é fato que a beleza e curiosidade que o assunto desperta até hoje envolve a questão do não genérico. Do único. O individual. O exclusivo. O inédito.
E uma história inédita bem contada, todo mundo gosta de ouvir.
Não foi a toa que resolvi fazer uma peça sobre o assunto!
Imaginei que muita gente se interessaria em me ver e ouvir interpretando algumas destas histórias.
A beleza e a LOUCURA de uma gravidez e um parto é explícita e óbvia porque parece magia.
Nos tornamos um pouco DEUSAS ao detectarmos nossa capacidade de gerar vida. E essa sensação  de onipotência parece ter fim quando o bebê sai de dentro do nosso corpo e os presentes na sala dizem : NASCEU !!!!
Mas não...
Ele, o grande acontecimento PARTO, permanece na  nossa memória por muitos dias fazendo com que  revivamos a emoção inúmeras vezes.
Talvez a vida toda.
Assim nos tornamos DEUSAS cada parto executado na memória.
Onipotente e onipresente a cada mamada. Produzir leite nas tetas eé DIVINO.
A"Aventura Parir" deixa cicatrizes profundas registradas nos lugares mais loucos do cérebro e coração da puérpera o que é fundamental para que esta deixe de ser filha e passe a ser mãe.
Cicatrizes essas, que dependendo da mulher, podem promover além de dor emocional, "dor estética", "dor auto-confiança"e "dor vaidade" caso a relação desta com seu corpo e imagem seja intensa ou mal trabalhada.
O pós parto é de fato a prorrogação e os pênaltis de um jogo que é muito mais longo que 2 vezes 45 minutos + 2 vezes 15 minutos e 5 chutes a gol de cada time para a definição do campeão.
Ou  é o epílogo de um espetáculo de 4 atos e muitas , muitas , muitas cenas!
O pós parto dura o resto da vida já que para sempre o bebê que saiu de dentro da mulher será um FILHO.
De repente a parturiente recebe um novo script com novo papel e um novo roteiro de gravação, e em pouco tempo ela tem que se adaptar ao novo personagem, decorar novos textos e gravar cenas nunca antes estudadas.
Mas essa pauta fica para depois. Falar das cicatrizes da  minha emoção e do meu esfíncter anal e assoalho pélvico são os pênaltis.
Muitas coisas sobre o segundo tempo e a prorrogação ainda quero relatar.
Como já lhes antecipei, organização de idéias não tem sido meu forte e é bem possível que meu texto não seja um exemplo de dissertação digno de boa nota na FUVEST.
Aliás, a única vez que fiz essa prova consegui fazer só 27 pontos! Se eu tivesse chutado a opção "a" na prova toda teria ido melhor.
Estamos dentro do Delivery Room, eu, meu marido, meu médico e sua esposa, o "anestesista rolo compressor", a enfermeira chatonilda que levou uma mijada maravilhosa de Ian que vingou seu pai ao nascer (Esqueci de contar essa passagem no post anterior. Uma "enfermeira-Rede Globo" resolveu ser grossa com meu amor e Ian mijou na roupa dela. Foi  maravilhoso!),uma enfermeira gentil que acompanhou todo o trabalho, Ian e vocês todos que "me lêem" assiduamente e me acompanharam na "partodisséia".
Não! Errei! Ian já não estava mais...
- "Pera ai ! O protagonista da obra não está em cena?"
- "Está sim! Eu, Veridiana, continuo na sala de parto."
- "Não! Você já não é mais a protagonista Veri. Virou coadjuvante assim que Ian deu o ar de sua graça, inspirou o ar da vida e chorou.
O novo protagonista foi levado para o berçário central onde passará 4 horas. Lá será banhado, analisado, medicado, de novo medido,de novo pesado e espero que mimado e muito bem tratado."
- "Pera ai  de novo! Quatro horas na ausência do ator principal ?"
Pois é. Foi o que pensei. Quatro horas longe do meu filhinho? Isso é muito para quem esperou mais de nove meses para recebê-lo nos braços, na vida, na alma!
Não se esqueçam que antes da gravidez de Ian, outras sem sucesso me proporcionaram um universo sideral de expectativas. Quatro horas me parece uma eternidade para quem desde 2009 vem se dedicando a engravidar e parir.. Me parece infinito. Me parece sem fim...
Galdino saiu para ver Ian sendo banhado, medido, pesado, analisado e afins através do vidro do berçário central onde a Dinda Marilia esperava para tirar as primeiras fotos com o tal vidro entre ela e seu afilhadinho recém nascido.
Na sala de parto ficamos eu em Dr. Roberto que tinha um calhamaço de papéis da "fábrica de parto" e da Unimed Paulistana para assinar.
Numa rápida conversa antes que me levassem para uma área de "anestesiadas em observação", Dr. Roberto falou sobre o parto se dizendo satisfeito num tom de desculpa que me fez questionar até que ponto ele estava de fato satisfeito.
Ele sabia que eu não queria data marcada e indução.
Ele sabia que eu não queria anestesia.
Ele sabia que eu não queria episiotomia.
Ele sabe que depois que temos nossos filhos no braço sãos e salvos - e no caso do Ian transbordando saúde - não "temos" mais tempo e nem emocional a disposição para ficar refletindo muito sobre o parto. De forma geral as mulheres ficam tão "drogadas" de paixão por seus rebentos que esquecem de tudo e só tem olhos, cabeça e coração para seus bebês.
Mas eu tinha emocional para ficar refletindo o parto.
Eu tenho.
Por opção resolvi não divagar de mais já que corro o risco de ir ao encontro mais uma vez da minha vulnerabilidade e suscetibilidade, e sofrer...
Laura Gutman diria que eu já estaria indo de encontro a minha SOMBRA.
Sobre a minha sombra, as nossas sombras falarei depois também. E talvez eu mude o título do post já que falarei tão pouco dela.
"-De Laura?"
Não ! Da SOMBRA!
O fato é que fui "seduzida", e como uma adolescente apaixonada pela primeira vez, vulnerável e suscetível a lábia de sua paixão, fizeram de mim e do meu assoalho pélvico o que quiseram. Foram além.
Em fim !
A vida segue e minha episiotomia pelo menos foi muito bem feita. Mais tarde saberei se galdino aprovou os pontos dados por Dr. Renata. Ainda estou na quarentena...
Após o "papo desculpa" com meu médico, fui levada para a tal área de anestesiadas.
A imagem da mulher híper recente pós parida não é a mais bela esteticamente falando. A pós parida de parto normal então...
Num parto atingimos o grau máximo da proximidade ao primitivo absoluto. Viramos bichos e a beleza disso encontramos no significado e não na imagem ali exposta.
As anestesiadas pós paridas de cesárea tem um semblante mais descansado porém nos corredores da maternidade vemos em suas faces o desconforto dos cortes das várias camadas.
Me disseram que eu ficaria em observação e assim que liberada me levariam para meu quarto onde eu encontraria meu amor pela primeira vez a sós depois do nascimento do nosso filho.
Achei um saco aquela espera. A tal observação era o controle da minha pressão e temperatura. Eu estava ótima e queria me mandar daquela sala de puérperas da cesárea. Eu era a única recém parida de parto normal e isso era um orgulho.
Uma bobagem na verdade. Cada um faz o que quer da vida mas não deixo de ter minha opinião e convicção sobre o assunto. Mesmo sendo suscetível e vulnerável...
Puxei papo  com uma enfermeira que me contou ser também fisioterapeuta e depois que já haviam levado todas as mulheres para seus quartos e estávamos sozinhas na tal sala, ela se sentiu a vontade para tricotar.
Ótimo! Uma enfermeira chapa que vai fazer o tempo passar mais rápido. Nada melhor que falar para fazer o tempo passar.
Me disse ela que uma amiga fisioterapeuta da maternidade foi contratada para fazer drenagem linfática na mulherada e que se meu médico prescrevesse, eu teria direito a massagem nos dois dias seguintes até a auta. Contou que a amiga trabalha super pouco pois poucos sabem da disponibilidade e direito deste recurso delicioso que é uma drenagempaga pelo convênio.
Conversei com meu médico sobre isso, o pedido foi prescrito e a fisioterapeuta nunca apareceu...
Uma das decepções com a a "fábrica de parto".
Chegou a minha vez de ser levada ao quarto !
Chegando lá Galdino estava a minha espera, morto de fome, e depois de namorarmos um pouco ele disse que desceria para comer.
Como acompanhante ele tinha direito a 3 refeições diárias e essa foi a outra decepção com a "maternidade referência". Tivemos que "brigar" pela comida de Galdino que chegou a ir na administração do hospita lutar por seus direitosl.
Eles dão uma de "migué" e não levam a comida para o acompanhante. Se o "papai" ( Não se esqueçam! Todo mundo é papai e mamãe na" fábrica de parto", ninguém tem nome! Usamos pulserinhas até na testa não sei para quê!) for um trouxa e não lutar pelos direitos, vai ficar sem comer ou ter que pagar R$ 35,00 por refeição na "praça de alimentação do shopping S. Luiz ".
Ah ! Esqueci de contar! O berçário central fica ao lado de uma Kopenhagen e um restaurante/lanchonete que terceiriza o serviço de refeições para os acompanhantes. Ou seja; se a maternidade está bombada de visitantes, o serviço está pesado e a caixa registrando a entrada de uma grana preta, a entrega das bandejas dos acompanhantes nos quartos pode atrasar em até 2 horas. Eles priorizam a caixa registradora e que se danem os "papais" famintos nos quartos.
É !!! A "fábrica de parto"  também é referência em banalização de serviço do mundo moderno onde todos só pensam em FATURAR!!!
Tem "papai" que fica tão ou mais cansado que a "mamãe". Galdino é um exemplo. Ele ficou exausto, talvez até mais que eu mesma, e quando voltou para o quarto após dar o nosso suado e batalhado dinheiro para quem nos deveria ter fornecido a primeira refeição pós parto "de graça", dormiu pesado e roncou até a chegada do nosso Ian ao quarto.
Já eu... continuei com a mesma Duracel no cu que me acompanhou durante uma fase da gravidez. Demorei para pegar no sono e depois da chegada do protagonista no quarto então... Foi aí que percebi o quanto não dormiria por um período que já completou um mês e um dia.
Estava naquele sono meio besta que a cabeça fica ligada, os olhos fechados e a respiração diferente da normal quando comecei a ouvir o choro alto de um bebê. Nosso quarto ficava em frente ao berçário do andar. O choro parecia de um carneirinho e pensei: " Puta saco essa criança chorando e atrapalhando minha tentativa em dormir. O pior é que eu não tenho como ligar para a recepção e reclamar do barulho. Estou em uma maternidade!"
Um pouco mais a enfermeira entra no quarto com nosso "rolinho" nos braços Soubemos que o carneirinho era Ian. Eu já queria botar o tetão para fora e dar meu colostro e a enfermeira me impediu dizendo que eu precisava descansar. Eu disse que não estava cansada e que ia dar o peito para Ian sim ! Assim fiz e foi bem legal pois no ato já percebemos que não teríamos problemas com amamentação. Ian nasceu sabendo abocanhar meu mamilo que quadriplicou seu diâmetro e a chupar vorazmente o meu néctar.
Depois disso consegui dormir  mas em duas horas meu sono foi interrompido por uma enfermeira que veio ao quarto para me ajudar a tomar banho.
"Banho na madrugada  Veri?"
É na madrugada que acontecem muitos eventos em uma maternidade. O exame do pezinho de Ian foi feito na madrugada por exemplo. Me levaram ele para tirar seu sangue. Na madrugada !! Acho que é para nos deixar claro o quanto as madrugadas passarão a ser ativas a partir de então.
Durante o banho tive um desmaio por causa de pressão baixa e se não fosse Galdino a enfermeira não teria força para me segurar. Minhas pernas tremiam com vigor e tive uma crise de frio tão louca quanto o desmaio. Tão louca quanto os vários durante o parto. Tão louca quanto tudo vem sendo na "partodisséia".
A primeira pessoa a entra em nossos aposentos no dia seguinte quando já estávamos mais lúcidos não foi a pediatra, não foi meu médico, não foi a nutricionista... Foi uma representante da maternidade querendo nos vender uma foto grandona do parto para pregarmos na parede do quarto.
- Não ! Obrigada. Não queremos !
Tempos depois apareceu a nutricionista me fazendo várias perguntas. Se eu tinha alguma restrição alimentar, alergia e gostos. Deveria ter falado que eu tinha alergia a farinha branca e a carboidrato. Mais tarde detectei que eu deveria ser a nutricionista daquele hospital. Qualquer pessoa medianamente informada sobre refeições balanceadas não serviria salada de beterraba, arroz branco, purê de batata e panqueca de ricota com molho de tomate na mesma refeição.
Só carboidrato !!! E a pequena porção de proteína veio pela ricota que também tem carboidrato!
Outra decepção da "fábrica de parto"...
Me diziam que a cozinha do S.Luiz era ótima.
Não é não!
Não comi um único pão integral no café da manhã nem nos lanches da tarde e fruta só mamão e pela manhã.
FRUTA !! QUERO FRUTA !!
Meu post já está imenso de grande e eu não tenho como revê-lo, editá-lo, picotá-lo em mais de um. Ian dorme no peito da Galdino e tenho que aproveitar esse tempinho pois a hora é agora.
Outra decepção foi em relação a água.
Isso mesmo! Água de beber! Estava com uma sede anormal e os 3 copinhos de 300 ml que vinham a cada refeição não estavam sendo suficientes para a minha sede, menos ainda se incluíssemos o Galdino nesta contabilidade.
Liguei para a nutrição e pedi.
Ouvi a seguinte resposta:
- Na próxima refeição te mandaremos.
- Ah, legal!
Ao desligar o telefone me dei conta do absurdo que havia acabado de ouvir. A próxima refeição só seria em 3 horas e eu estava com sede!
-Oi! Eu acabei de falar com você... Você me disse para eu esperar a próxima refeição para beber água? É isso mesmo? A próxima refeição acontecerá em 2 horas e estou com sede !
- Nós entendemos que 3 litros de água por dia são suficientes. São mandados 3 copinhos de 300 ml em cada uma das 5 refeições. Mas podemos abrir uma excessão para você e mandar mais. Porém você terá que esperar a próxima refeição.
- E agora? O que faço? Vou com minha garrafinha até o bebedouro da recepção e assim aproveito para dar uma passeada pela maternidade?
-Você pode comprar água no restaurante do segundo andar Senhora.
Bom... Acho que eu não preciso nem contar o resto da história né ?
Para quem me conhece é possível imaginar o pampeiro que eu fiz após a sujestão de compra de água no bar da maternidade.
Liguei para recepção, administração, reclamei para o mundo e recebi MUITA água no meu quarto.
Ev , minha babá, a mulher que ajudou minha mãe a criar as três filhas foi a primeira a me visitar e a pegar Ian no colo. Depois de Eva meu "Buddhinha" passou pelo colo de muita, muita gente. Como grande estrela e protagonista foi fotografado com a família e os amigos que passaram pelo quarto nos dois dias seguintes de hospedagem no "Hotel S.Luiz".
Ganhamos presentes lindos além de chocolates e guloseimas para a agonia de quem fez dieta a vida toda e sabia o quão difícil seria, e está sendo, parar de se permitir "licenças poéticas gastronômicas".
Eu havia combinado comigo que as tortinhas de morango da padaria Letícia comidas na quinta feira a noite depois da exposição dos Impressionistas encerraria um cículo de licenças.
Furei a minha negociação comigo mesma e comi bastante dos chocolates que me foram regalados.
Fora os Brownies da Adoro Brownie, meu parceiro de blog, que eu dei de lembrancinha para as visitas fingindo não saber o que tinha dentro da embalagem para não ter vontade de comer dez a cada um oferecido.
Terminamos a noite de sábado e domingo exaustos. Gostaria de screver um manual sobre o bom comportamento de visitantes nas meternidades e em casa mas corro o risco de ofender àqueles que não se encontrarem no grupo dos adequados e bem educados. Tenho dicas maravilhosas sobre horário, lanchinhos e colaboração.
Dar atenção para as visitas, conversar, contar como havia sido o parto, responder às curiosidades a respeito de nossos planos de rotina domésticas e cuidados com Ian nos esgotou a energia nos dias 18 e 19. Energia que parece nunca mais ter sido reposta.
Há um mês e um dia nossas baterias estão gastas e são recarregadas por tão pouco tempo nas noites de "sono"... Ai ai...
Mas basta olhar, beijar, abraçar nosso filhinho para pensar que vale a pena. Vale muito a pena viver tudo isso para compreender o que é o amor mais puro e genuíno que se pode sentir dentro do peito esquerdo por alguém.
Chegar em casa com um novo e pequeno habitante, a adaptação à nova vida e a SOMBRA de Laura Guttman serão temas de posts futuros já que eu extrapolei em laudas e provavelmente em paciência de leitores. Aliás, não desenvolvi nem mesmo a questão do eterno pós parto que também ficará para depois.
Tudo ficará para depois...
A prioridade agora é Ian. Meu carneirinho, meu Buddhinha, meu samurai lutador de sumô. Japinha lindo que veio com nariz e boca do pai. Espero que pinto e bunda também !
Peço desculpas pelo texto confuso e mesclado de muitos assuntos e nenhuma conclusão.
"Mas quem disse que é preciso concluir alguma coisa Veri?"
É verdade... O pós parto assim como a gravidez é uma fase tão dual e banhada de hormônios LOUCOS que exigir conclusão e organização é de fato ir de encontro à minha SOMBRA.
E agora tenho que parar.
Adivinhem o que vou fazer?
Quem acertar ganha um pirulito.